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Prodam promove encontro de especialistas e líderes sobre ESG na cultura empresarial e nas iniciativas públicas, destacando a importância de ações práticas e mensuráveis para um futuro sustentável
O Inspira Sampa, hub de inovação da Prodam-SP, reuniu, no dia 28 de maio, especialistas e profissionais para discutir a aplicação dos princípios de ESG (Environmental, Social, and Governance) na cultura empresarial e em iniciativas públicas. O ESG Day, que aconteceu em formato híbrido, com transmissão ao vivo pelo YouTube, destacou a importância de integrar esses princípios de forma prática e mensurável nas atividades das empresas.
Na abertura do evento, o CEO da Prodam Johann Dantas enfatizou a necessidade de vivenciar e implementar ESG nas empresas. “Não adianta falar de ESG se não é feita sua aplicação na cultura da empresa. Quando abordamos o tópico, é mais do que simples palavras; é vivenciar, implantar e metrificar", pontuou Johann.
Marcela Arruda, secretária de Gestão da Cidade de São Paulo, e José Renato Nalini, secretário de Mudanças Climáticas da Prefeitura de São Paulo, também fizeram considerações iniciais sobre a importância de abordar desigualdades e diversidades sociais no contexto de ESG.
Painel ProDiversa
O primeiro painel, que tratou dos temas de inclusão e diversidade, contou com a participação de diversos especialistas:
Cristiane Domingues da Silva, gerente de projetos na Prodam, apresentou iniciativas de diversidade, equidade e inclusão da empresa, como o projeto "Novo Olhar" e o "Academia Digital", programas de responsabilidade social, voltado aos grupos mais vulneráveis da sociedade.
Sueli Camargo, coordenadora da Pastoral do Menor da Arquidiocese de São Paulo, falou da parceria com a Prodam, no programa de inclusão digital e que já atendeu cerca de 800 jovens. Sueli ressaltou a importância do envolvimento dos colaboradores da empresa não apenas através de doações, mas também do voluntariado.
Gisele Lasserre, fundadora da Tech Girls, destacou a falta de incentivo para mulheres na tecnologia, o que a motivou a criar o projeto. Gisele explicou como a Prodam apoia a iniciativa doando lixo eletrônico para as oficinas do projeto.
José Vicente, fundador e reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, discutiu a falta de representatividade negra em posições elevadas, a importância da informação para a “caminhada” em direção de mudança e ainda contou das iniciativas da faculdade para assegurar futuras inclusões.
Após as apresentações, houve um debate sobre a segregação social e seus impactos na vida de pessoas negras e marginalizadas.
Relação ODS e Sociedade
No painel formado por Felipe Saboya, diretor-adjunto do Instituto Ethos, e Marta Camila Carneiro, professora da FGV, o foco foi discutir a relação entre os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) e a sociedade. Marta abordou a promulgação e reformulação dos ODS, antes chamados de Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. O que antes eram oito objetivos, atualmente chegam a 17 e 169 metas que enfatizam a importância da conscientização e implementação de práticas sustentáveis até 2030. Felipe destacou a necessidade de adaptar e priorizar ESG no contexto brasileiro e em todos os outros países, considerando suas particularidades. Os principais desafios das empresas, segundo o representante da Ethos, são a mudança interna de cultura, capacitação (principalmente de lideranças), integração de estratégia e negócios, e priorização.
Mudanças Climáticas e Vulnerabilidade
José Alberto Saraiva Fernandes, professor da escola de Mudanças Climáticas e Sustentabilidade da Unipalmares (Faculdade Zumbi dos Palmares) e membro da Comissão Nacional dos ODS da Presidência da República, fez uma apresentação sobre mudanças climáticas, racismo ambiental e sistêmico, e a importância de empresas como a Prodam darem espaço para debates sobre ESG e ODS. "É importante essa atividade que estamos fazendo hoje. Quando uma empresa como a Prodam chama todo seu ecossistema (parceiros, fornecedores, empresas etc.) para pensar em práticas ESG que sejam correspondentes às necessidades e que venham a ser instrumentos de enfrentamento dessa vulnerabilidade social, é importante que nós entendamos o todo", disse o professor.
Iniciativas inteligentes
Além dos painéis de discussão, startups convidadas realizaram apresentações para falar de seus produtos e tecnologias focadas em ESG.
A Abundance Brasil (representada pelo co-fundador e CEO da empresa Pedro Miranda) apresentou a Abundance Token (ATK), uma tecnologia que facilita a conexão entre produtores florestais e empresas que buscam reduzir suas pegadas de carbono, e a IlhaHub de Inovações (representada por seu CEO Edmar Moraes) contou um pouco sobre seus fundamentos e princípios baseados na Economia Azul.
A Green Mining (também representada pelo seu CEO Rodrigo Oliveira) mostrou como sua logística reversa e economia circular atuam em cidades do Brasil, além de falar de seu principal projeto - a formalização e empoderamento de ex-catadores. A CarbonTech (através de seu fundador Ulysses Neto) apresentou a plataforma CarbonCore, que calcula pegadas de carbono, e o app GreenPath, que facilita a implementação de ações sustentáveis para indivíduos e coletivos.
Adoção de medidas ESG
Camila Carneiro, acompanhada do professor titular do IB-USP e vice-presidente do IEA Marcos Buckeridge, discutiu a importância das empresas, especialmente pequenas e médias, adotarem medidas ESG. Por sua vez, Marcos analisou os efeitos das mudanças climáticas e a necessidade de políticas públicas preventivas, abordando exemplos como os desastres do Rio Grande de Sul, e apontando como medidas para “eventos imprevisíveis” fazem toda a diferença sob consequências de eventos previsíveis como o aquecimento global.
O ESG Day mostrou a relevância de integrar ESG na cultura empresarial e destacou diversas iniciativas e debates sobre sustentabilidade, inclusão e responsabilidade social, reforçando a importância de práticas concretas e mensuráveis para enfrentar os desafios atuais. Você pode conferir o evento na íntegra clicando aqui.