Gestão de resíduos sólidos na cidade conta com solução Prodam
Isabel Paiva —
13/04/21 00:18

A capital paulista registrou um aumento significativo de 12% nos números da coleta seletiva no primeiro ano da pandemia. De março de 2020 a fevereiro de 2021 foram recolhidas cerca de 92.6 mil toneladas de recicláveis contra 82.4 mil toneladas no período anterior: um aumento de 10,1 mil toneladas.

Os valores são resultados de estudo realizado pela Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), vinculada à Secretaria Municipal das Subprefeituras, para avaliar o impacto da pandemia do novo coronavírus nos resíduos sólidos coletados na cidade.

Para fazer a gestão das toneladas de resíduos gerados diariamente, a Prefeitura conta com o Siscor (Sistema de Controle de Resíduos Sólidos Urbanos), solução Prodam desenvolvida para a Amlurb, para o controle e disposição dos resíduos sólidos da cidade de São Paulo. O sistema controla as pesagens e o acesso dos veículos, efetua as medições para controle dos contratos e controla o pagamento e a descarga do entulho de empresas particulares.

O estudo da Amlurb atribui o crescimento desses resíduos não somente ao período de isolamento social, onde foi observado maior adesão do paulistano à reciclagem, mas também às iniciativas promovidas pela Prefeitura em educação ambiental, como as ações de conscientização porta a porta - em que equipes orientam os munícipes sobre o horário de coleta, descarte correto dos resíduos, endereços dos Ecopontos mais próximos e a importância da separação dos materiais para a reciclagem.

Varrição. Em contrapartida, os resíduos recolhidos na limpeza e varrição de ruas e logradouros da cidade apresentaram uma queda de -10%. Neste período, foram coletadas cerca de 71.6 mil toneladas de resíduos de varrição, contra 79.9 mil toneladas. Estima-se que essa queda tenha acontecido em decorrência da diminuição do fluxo de pessoas nas ruas.

Grandes geradores de saúde. O comportamento dos resíduos hospitalares produzidos por grandes geradores, locais que geram mais de 20 kg de resíduos de saúde por dia, como os hospitais e clínicas, apresentou um aumento de 17%. Durante esse primeiro ano de quarentena na cidade foram coletadas cerca de 39 mil toneladas de resíduos de saúde, contra 33.4 mil toneladas durante o mesmo período de 2019.

Outro fator que impactou diretamente no aumento dos resíduos hospitalares foi a determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para que todo material que entre em contato com pacientes com suspeita ou confirmação de Covid-19 deve ser considerado como infectante (restos de comida, vestuário dos médicos e pacientes etc.). Portanto, esses resíduos passaram a ser coletados e destinados para as unidades de tratamento de resíduos de saúde da capital.

Pequenos geradores de saúde. Estabelecimentos que produzem menos de 20kg por dia como clínicas odontológicas, veterinárias, estúdios de tatuagem, entre outros, tiveram uma pequena variação nos dados: um aumento de 23 toneladas em relação ao período anterior à quarentena.

Com a reabertura gradual desses estabelecimentos em agosto do ano passado, as quantidades recolhidas voltaram aos níveis parecidos com os de 2019, quando foram coletadas 9.15 mil toneladas de resíduos de saúde, enquanto no período de quarentena foram recolhidas 9.17 mil toneladas – um aumento de 0,2%.

Com informações do Portal da Prefeitura

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