Cidade de São Paulo tem duas soluções tecnológicas premiadas no InovaCidade 2023
22/05/23 19:17

Mapa digital com metadados georreferenciados e sistema com IoT e inteligência artificial são reconhecidos por entidade de smart city

A transformação digital da cidade de São Paulo, com o objetivo de usar a tecnologia para melhorar a qualidade de vida das pessoas, é destaque em premiação de smart city. O GeoSampa, um dos maiores mapas digitais do mundo, e o GAIA, sistema de monitoramento para pavimentos baseados em internet das coisas (IoT) e inteligência artificial (IA), serão reconhecidos pelo prêmio InovaCidade.

A premiação acontece nesta terça-feira, dia 23, na capital paulista, no Centro Cultural São Paulo, a partir das 18h30.

O prêmio é o reconhecimento do Instituto Smart City Business America às iniciativas que contribuem para a melhoria da qualidade de vida nas cidades por meio da inovação e tecnologia. Em 2023, foram 106 projetos concorrentes, de 68 organizações diferentes, e 32 serão premiados.

O GeoSampa é a maior coletânea de dados geoespaciais sobre a capital. Foi desenvolvido pela empresa de tecnologia da Prefeitura de São Paulo, Prodam, para a Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL). Já o GAIA, que acompanha continuamente as irregularidades das vias públicas da Capital, foi desenvolvido pela Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB).

GeoSampa

O GeoSampa é o mapa digital da cidade de São Paulo. Uma ferramenta estratégica de análise e gestão territorial para a municipalidade. É um sistema de informação geográfica, que catalisa todas as informações territoriais em um único lugar. Além de contribuir para o aumento do município no ranking de dados abertos (Índice FGV).

Este sistema integra e distribui dados geográficos para diversos outros sistemas da Prefeitura, cuja decisão ou análise baseia-se em gestão territorial. O portal segue as diretrizes do Plano Diretor Estratégico (PDE). Maior coletânea de dados geoespaciais sobre a capital, a plataforma é fundamental para a definição de políticas públicas.

O mapa digital reúne dados georreferenciados sobre mais de 350 camadas relevantes à cidade de São Paulo, como zoneamento, rede de transporte público, bibliotecas, escolas e parques. Além de áreas estratégicas como lotes fiscais, arborização urbana, e equipamentos públicos nas áreas de educação, saúde, assistência social, cultura, esportes e lazer.

Lançada em 2014, versão intranet, e em 2015, a versão internet, o GeoSampa é referência de transparência em informações georreferenciadas da cidade de São Paulo e tem como características inovadoras o fato de contar com acesso aos metadados, ferramentas de geoprocessamento e outros dados de interesse aos usuários. A partir do mapa também é possível realizar download de arquivos georreferenciados, mapas, plantas, croquis, imagens de satélite, fotos aéreas e ortofotos. O acesso a um único portal para consulta e aquisição de arquivos geoespaciais em formato aberto permite assim, o acompanhamento dos dados de múltiplos temas em uma única aplicação.

GAIA

Superar o atraso tecnológico com ferramentas de smart cities foi o que levou a Secretaria Municipal das Subprefeituras a criar o Sistema Gaia, um sistema de monitoramento para pavimentos baseado em Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial (IA) que acompanha continuamente as irregularidades das vias, batizado de Sistema Gaia. Dessa maneira, foi possível conhecer a real condição de todas as ruas de São Paulo, ainda que sejam 17 mil km de asfalto, 196 milhões de metros quadrados, com o asfalto em condições diferentes. O Gaia identifica a qualidade e o conforto do pavimento pela ondulação do asfalto. E classifica o estado da rua em 5 níveis: ótimo/bom/regular/ruim/péssimo.

Com os dados do Gaia foi possível planejar o maior programa de recapeamento em curso no país, seguindo aspectos técnicos e identificar que não há diferenças significativas entre o pavimento das zonas centrais e periféricas da cidade e em que vias a Prefeitura deve atuar e com um recapeamento exclusivo, gerando um investimento mais eficaz, economia financeira e de material, e mais qualidade.

É aqui que a gestão baseada em dados mostra toda a sua potência. A análise dos dados permitiu analisar a forma de deslocamento dos motoristas (se por vias coletoras, grandes avenidas, vias locais) e entender a sensação de desconforto sentida em seus trajetos diários. O sistema funciona numa parceria inédita com a sociedade civil. 108 veículos, entre táxis e aplicativos, mapeiam a cidade rodando nela. Um sensor instalado no eixo do carro envia a mensagem para uma “caixa-preta”, que fica embaixo do banco do motorista. Uma câmera instalada no retrovisor, faz o serviço de identificar o local percorrido pelo carro. A deformação do pavimento é imediatamente registrada numa central de requisições dentro da Secretaria das Subprefeituras da Capital. Toda vez que a ondulação da vida faz o carro trepidar, o solavanco é mapeado e classificado.

O novo modelo permite o acompanhamento mensal das ruas e avenidas, além de identificar mudanças que ocorreram com o passar do tempo, seja por desgaste do asfalto ou mesmo por obras de concessionárias. Essa supervisão inédita facilita que as vias recebam um recapeamento exclusivo, gerando um investimento mais eficaz, economia financeira e de material, e mais qualidade.

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