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Cultware, inteligência e cultura digital: desafios para a cibercidadania foi o tema de uma das mesas estratégicas de discussão na feira do Instituto Smart City Business America (SCBA).
O presidente do Comitê Central de Governança de Dados da Cidade de São Paulo Dino Dutra de Morais contou a experiência da Cidade de São Paulo com o programa de cidadão 360, login único ID Sampa e a unificação de bases de dados.
“Nós precisamos ter o cuidado para não criar mais um subcidadão. Temos uma obsessão por digitalizar tudo em governo, mas precisamos garantir que todas as pessoas alcancem e consigam utilizar o recurso digitalizado”, destacou Dutra.
A cultura digital toma corpo e forma nos espaços sociais, fazendo emergir novos conceitos e demandas em uma sociedade cada vez mais tecnologizada. Fruto dessa emergência, os governos se veem convocados a atender fluxos cada vez maiores de dados e informações, que tomam formas em estruturas complexas metaforizadas nas cidades e áreas metropolitanas, com alto índice de conectividade e informação.
Para fazer frente a tais demandas, ao mesmo tempo em que estabelece novos padrões de atendimento, governos digitalizam seus serviços, em novas lógicas burocráticas, mais ágeis e transparentes, e se convertem em governos digitais, reordenando a máquina pública, na otimização de sua própria estrutura funcional.
Esses dois movimentos, interno e externo, organizados como Governo Digital e e-Gov, respectivamente, é o tema proposto para a mesa, que reflete perspectivas e expectativas na implementação e aculturação desses processos, além de seu impacto na sociedade. Para além de hardware e software, importa discutir as dimensões de peopleware e cultware, na formação de governos de uma sociedade do conhecimento, em uma cultura digital.
Esta Reunião Estratégica buscou responder como as implementações de Governo Digital e e-Gov impactam e tornam a sociedade mais desenvolvida e inteligente.
“A transformação digital tem que servir a um propósito, que é alcançar todo e qualquer cidadão. Então, quando criamos plataformas disruptivas e modernas, precisamos ter no centro da nossa estratégia como as pessoas vão acessar. Se não pensarmos em todos continuaremos tendo uma parte da sociedade muito bem servida e outra que continuará excluída”, concluiu.