Prefeitura recebe prêmio InovaCidade por duas soluções tecnológicas que melhoram a vida dos paulistanos
24/05/23 11:29

O prêmio é o reconhecimento do Instituto Smart City Business America às iniciativas que contribuem para a melhoria da qualidade de vida nas cidades

O GeoSampa, um dos maiores mapas digitais do mundo, e o GAIA, sistema de monitoramento para pavimentos baseado em internet das coisas (IoT) e inteligência artificial (IA), dois programas da Prefeitura de São Paulo, receberam o prêmio InovaCidade, em cerimônia realizada na noite desta terça-feira (23). O prefeito Ricardo Nunes recebeu os prêmios durante o evento realizado no Centro Cultural São Paulo.

O prêmio é o reconhecimento do Instituto Smart City Business America às iniciativas que contribuem para a melhoria da qualidade de vida nas cidades por meio da inovação e tecnologia. A transformação digital em São Paulo motivou a premiação do Instituto à administração paulistana.

O prefeito destacou a importância da iniciativa. “A premiação demonstra como é relevante valorizar a tecnologia como instrumento de melhoria da qualidade de vida nas cidades. São Paulo tem avançado muito nessa área e queremos conhecer novas ações para aperfeiçoar os serviços públicos”, disse Ricardo Nunes. Além disso, o prefeito afirmou que os outros projetos premiados serão verificados para possível uso na capital paulista.

Em 2023, foram 106 projetos concorrentes no Prêmio InovaCidade, sendo 68 organizações diferentes com 32 premiados. Somente a Secretaria Municipal das Subprefeituras de São Paulo inscreveu 7 programas, sendo premiada com o Sistema Gaia.

Na foto acima, o prefeito Ricardo Nunes entre o diretor-presidente da Prodam Johann Dantas, equipe do GeoSampa e outros premiados.

GeoSampa

O GeoSampa é o mapa digital da cidade de São Paulo. Uma ferramenta estratégica de análise e gestão territorial para a municipalidade. É um sistema de informação geográfica, que catalisa todas as informações territoriais em um único lugar, além de contribuir para melhor posição do município no ranking de dados abertos (Índice FGV).

Este sistema integra e distribui dados geográficos para diversos outros sistemas da Prefeitura, cuja decisão ou análise baseia-se em gestão territorial. O portal segue as diretrizes do Plano Diretor Estratégico (PDE). Maior coletânea de dados geoespaciais sobre a capital, a plataforma é fundamental para a definição de políticas públicas.

O mapa digital reúne dados georreferenciados sobre mais de 350 camadas relevantes à cidade de São Paulo, como zoneamento, rede de transporte público, bibliotecas, escolas e parques. Além de áreas estratégicas como lotes fiscais, arborização urbana, e equipamentos públicos nas áreas de educação, saúde, assistência social, cultura, esportes e lazer.

A partir do mapa é possível realizar download de arquivos georreferenciados, mapas, plantas, croquis, imagens de satélite, fotos aéreas e ortofotos. O acesso a um único portal para consulta e aquisição de arquivos geoespaciais em formato aberto permite assim, o acompanhamento dos dados de múltiplos temas em uma única aplicação.

GAIA

Superar o atraso tecnológico com ferramentas de smart cities foi o que levou a Secretaria Municipal das Subprefeituras a criar o Sistema Gaia, um sistema de monitoramento para pavimentos, baseado em Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial (IA) que acompanha continuamente as irregularidades das vias, batizado de Sistema Gaia.

Dessa maneira, foi possível conhecer a real condição de todas as ruas de São Paulo, ainda que sejam 17 mil km de asfalto, 196 milhões de metros quadrados, com o asfalto em condições diferentes. O Gaia identifica a qualidade e o conforto do pavimento pela ondulação do asfalto. E classifica o estado da rua em 05 níveis: ótimo/bom/regular/ruim/péssimo.

Com os dados do Gaia foi possível planejar o maior programa de recapeamento em curso no país, seguindo aspectos técnicos e identificar que não há diferenças significativas entre o pavimento das zonas centrais e periféricas da cidade e em que vias a Prefeitura deve atuar e com um recapeamento exclusivo, gerando um investimento mais eficaz, economia financeira e de material, e mais qualidade.

É aqui que a gestão baseada em dados mostra toda a sua potência. A análise dos dados permitiu analisar a forma de deslocamento dos motoristas (se por vias coletoras, grandes avenidas, vias locais) e entender a sensação de desconforto sentida em seus trajetos diários. O sistema funciona numa parceria inédita com a sociedade civil. 108 veículos, entre táxis e aplicativos, mapeiam a cidade rodando nela. Um sensor instalado no eixo do carro envia a mensagem para uma “caixa-preta”, que fica embaixo do banco do motorista. Uma câmera instalada no retrovisor, faz o serviço de identificar o local percorrido pelo carro.

A deformação do pavimento é imediatamente registrada numa central de requisições dentro da Secretaria das Subprefeituras da Capital. Toda vez que a ondulação da vida faz o carro trepidar, o solavanco é mapeado e classificado.

O novo modelo permite o acompanhamento mensal das ruas e avenidas, além de identificar mudanças que ocorreram com o passar do tempo, seja por desgaste do asfalto ou mesmo por obras de concessionárias. Essa supervisão inédita facilita que as vias recebam um recapeamento exclusivo, gerando um investimento mais eficaz, economia financeira e de material, e mais qualidade.

Com informações da Secom

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